O que pode causar a sensibilidade da pele e como tratar?

A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha funções críticas como proteção contra agentes patogênicos, regulação da temperatura e sensações táteis. 



Sua complexa estrutura envolve três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme. Além de ser uma barreira física, a pele também participa de processos imunológicos e sensoriais. 


Quando ocorre sensibilidade ou dor, como no caso de uma pessoa com pele sensível na parte de trás da perna, isso pode ser desencadeado por diversos fatores biológicos e ambientais.


A sensibilidade da pele, também chamada de "pele sensível" ou "hipersensibilidade cutânea", pode ser causada por uma série de fatores.


Pesquisas recentes demonstram que ambientes urbanos com alta densidade populacional e altos níveis de poluição aumentam o risco de inflamação cutânea. A exposição a partículas finas (PM2.5) pode ativar o processo inflamatório da pele, resultando na liberação de citocinas inflamatórias como TNF-α e IL-1. 


Essas substâncias desencadeiam uma maior sensibilidade nas fibras nervosas da epiderme, exacerbando a resposta da pele a estímulos. Além disso, estudos sugerem que o estresse e a ansiedade também desempenham um papel relevante no aumento da sensibilidade da pele, já que estados emocionais negativos estão associados ao agravamento da inflamação cutânea.


Outro aspecto importante é a **sensibilização central**, um fenômeno em que o sistema nervoso central amplifica a percepção da dor e de sensações táteis normais, resultando em hipersensibilidade crônica. 


Nessa condição, a dor pode se espalhar e ser desencadeada por estímulos que normalmente não seriam dolorosos, como a pressão leve sobre a pele ou o simples atrito com roupas. Este mecanismo explica por que pacientes com dor crônica podem sentir desconforto em regiões que, anteriormente, não apresentavam problemas aparentes.


Abordagens de tratamento e cuidados

O tratamento da sensibilidade na pele depende da causa subjacente. A restauração da barreira epidérmica é fundamental, e hidratantes contendo substâncias como ceramidas e ácido hialurônico podem ajudar a reparar a função de barreira da pele e reduzir a perda de água transepidérmica. Esses produtos auxiliam na proteção da pele contra agentes externos que poderiam desencadear uma resposta sensível.


Para casos mais graves, como quando a sensibilidade está associada à inflamação ou à sensibilização central, abordagens farmacológicas podem ser necessárias. 


O uso de corticosteroides tópicos e inibidores de calcineurina tem mostrado eficácia na redução da inflamação e alívio da sensibilidade. 


Terapias que visam reduzir a sensibilização central, como intervenções psicossociais para controle do estresse e ansiedade, também podem ser recomendadas.

Foto: Ilustração 

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