A história da Oxandrolona remonta ao ano de 1964, quando o químico Rafael Pupo, que na época trabalhava na empresa que mais tarde se tornou a Pfizer, descobriu esse composto. A substância é um derivado sintético do DHT (dehidroepiandrosterona), um hormônio esteroide.
Inicialmente, a medicação foi introduzida no mercado farmacêutico com o nome Anavar. Sua principal aplicação naquela época era voltada para crianças com baixo desenvolvimento, proporcionando um tratamento que visava estimular o crescimento e o desenvolvimento.
Com o tempo, no entanto, a Oxandrolona foi ganhando reconhecimento por seus efeitos benéficos em diversas condições médicas. Uma das principais aplicações é no tratamento da sarcopenia, uma condição comum em idosos caracterizada pela perda de massa muscular.
O médico Samuel Dalle Laste destaca que o fármaco “age em receptores intracelulares, promovendo estímulos ao anabolismo muscular”. O medicamento também é utilizado no combate à osteoporose, ajudando a melhorar a densidade óssea.
Outra aplicação notável foi em casos de anemia, especialmente em mulheres, onde a Oxandrolona estimula a eritropoese, contribuindo para o aumento da produção de glóbulos vermelhos e melhora da hemoglobina.
Ao longo dos anos, a substância continuou a ser explorada em diversas situações clínicas. Crianças com dificuldades de desenvolvimento, cujo tratamento foi uma das razões iniciais para o desenvolvimento do medicamento, ainda se beneficiam dele. Além disso, em casos de deformações causadas por distúrbios no tecido adiposo, o uso da Oxandrolona pode ser uma opção.
Mas ela também ganhou destaque no cenário esportivo e estético. Sua capacidade de promover o aumento da massa muscular e redução do percentual de gordura a tornou popular entre atletas e frequentadores de academia. Porém, é nesse contexto que a Oxandrolona enfrenta críticas e controvérsias.
O uso inadequado e abusivo, especialmente em doses muito acima das recomendadas para fins terapêuticos, trouxe à tona uma série de preocupações.
A popularidade do medicamento no contexto estético levou a casos de efeitos colaterais graves, como aumento expressivo de enzimas hepáticas e ginecomastia em homens (desenvolvimento de características mamárias).
Dr. Samuel Dalle Laste ressalta que o bloqueio do eixo hormonal é outra consequência do uso excessivo, resultando na inibição da produção natural de testosterona. Esse bloqueio pode ser temporário, mas a ginecomastia, segundo ele, só é reversível por meio de intervenção cirúrgica.
O médico afirma, entretanto, que a Oxandrolona pode ser usada no tratamento contra o lipedema, pois o hormônio tem a capacidade de aumentar a massa muscular e reduzir o percentual de gordura, e isso é benéfico para pacientes com essa condição.
"Em casos de lipedema, a Oxandrolona, em doses controladas, pode ser um recurso para melhorar a inflamação e a gordura inflamatória ao longo do tempo", afirmou em seu canal do YouTube.
Ele enfatiza que, quando utilizada de maneira responsável, a substância pode trazer vantagens terapêuticas significativas, mas seu uso inadequado pode resultar em sérios danos à saúde.
Esse produto só pode ser vendido com prescrição médica!
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