Um relatório divulgado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos (NCHS) revela que a obesidade continua sendo um problema de saúde pública significativo no país.
O estudo, que analisou dados coletados entre agosto de 2021 e agosto de 2023, aponta que mais de 40% dos adultos americanos estão obesos, sendo que cerca de 9% apresentam obesidade grave.
De acordo com o relatório, 40,3% dos adultos nos EUA são considerados obesos, um número preocupante que permanece alto em comparação com anos anteriores.
A faixa etária mais afetada é a de 40 a 59 anos, com 46,4% de obesos, enquanto os adultos entre 20 e 39 anos apresentam uma taxa de 35,5%. Entre aqueles com 60 anos ou mais, o índice chega a 38,9%.
Esses dados indicam que a obesidade atinge diferentes idades, mas é mais comum em pessoas de meia-idade.
Apesar das diferenças por idade, o estudo mostra que não há uma variação significativa entre os gêneros. Entre os homens, 39,2% são obesos, enquanto entre as mulheres a taxa é um pouco maior, chegando a 41,3%.
Nível educacional influencia nos índices de obesidade
O estudo também revela que o nível de escolaridade tem um impacto direto na prevalência da obesidade. Adultos com diploma de bacharel ou mais possuem uma taxa de obesidade de 31,6%.
Já entre aqueles com menos educação, a prevalência é significativamente maior: 44,6% entre os que têm apenas o ensino médio. Essa disparidade aponta que a educação pode ser um fator importante na adoção de hábitos de vida mais saudáveis.
Segundo especialistas, o acesso à informação, os hábitos alimentares e o estilo de vida tendem a ser mais saudáveis entre pessoas com maior escolaridade. Isso inclui maior facilidade de acesso a alimentos de qualidade, conhecimento sobre nutrição e a capacidade de manter uma rotina de exercícios físicos.
No entanto, essa diferença educacional também reflete questões socioeconômicas mais amplas. Indivíduos com menos escolaridade geralmente têm menos acesso a recursos que promovem a saúde, como cuidados médicos adequados, o que pode dificultar ainda mais o combate à obesidade.
Além disso, a insegurança alimentar, mais comum em camadas menos favorecidas, muitas vezes leva à escolha de alimentos ultraprocessados e mais baratos, ricos em gorduras e açúcares.
O levantamento aponta ainda que, ao longo dos últimos dez anos, a taxa de obesidade nos EUA se manteve estável, mas a prevalência de obesidade grave cresceu de 7,7% para 9,7%.
Embora as taxas de obesidade se mantenham altas, a meta do governo norte-americano é reduzir essa prevalência para 36% até 2030, conforme estabelecido no plano "Healthy People 2030".
0 Comentários