Aumento alarmante de infecções sexualmente transmissíveis na Europa e Brasil preocupa autoridades

As infecções de transmissão sexual (ITS) têm apresentado um crescimento constante na Europa ao longo dos anos, levantando sérias preocupações entre as autoridades de saúde do continente. 



De acordo com os últimos relatórios do Centro Europeu para o Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), referentes ao ano de 2022 e divulgados em março de 2024, houve um aumento preocupante nos casos de sífilis, gonorreia e clamídia. 


O ECDC reportou que todas as infecções estudadas tiveram um aumento significativo no último ano. A gonorreia cresceu 48%, a sífilis 34% e a clamídia 16%, com tendências semelhantes observadas em outras doenças como o linfogranuloma venéreo e a sífilis congênita. 


Este aumento tem sido mais pronunciado entre homens que têm sexo com homens (HSH), mas a incidência também tem crescido entre mulheres e homens heterossexuais.


Andrea Ammon, diretora do ECDC, destacou a urgência em lidar com este aumento substancial de casos de ITS. "As provas, o tratamento e a prevenção são o cerne de qualquer estratégia a longo prazo. Devemos priorizar a educação sobre saúde sexual, ampliar o acesso a testes e tratamentos, e combater o estigma associado às doenças. Promover o uso consistente de preservativos e incentivar o diálogo aberto pode ajudar a reduzir as taxas de transmissão", defendeu.


Enquanto isso, no Brasil, o programa Profissão Repórter destacou em sua última edição o impacto das infecções sexualmente transmissíveis, revelando como a falta de cuidados na vida sexual pode facilitar sua propagação. 


A equipe do programa acompanhou o atendimento no Hospital Emílio Ribas, evidenciando tanto os avanços quanto os desafios no tratamento e prevenção das ITS.


O infectologista Bernardo Porto Maia, chefe do atendimento no hospital, alertou para a incidência crescente dessas infecções na população mais jovem. O aumento de mais de 800% nos casos de sífilis entre jovens de 13 a 29 anos em uma década é particularmente preocupante.


Além disso, o programa mostrou uma prática emergente conhecida como "chemsex" ou sexo químico, onde o uso de substâncias durante o ato sexual pode levar a uma redução na utilização de métodos de prevenção contra as ITS. 


Augustto Purezza, médico em São Paulo, alertou para os riscos associados a essa prática, incluindo a possibilidade de transmissão de HIV e outras infecções.


Este cenário indica uma necessidade urgente de aprimorar a prevenção, o acesso a testes e tratamentos eficazes para lidar com este desafio de saúde pública no mundo todo.


Foto: Internet

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