Veja vídeo da doença esporotricose que teve um aumento de casos no Brasil e está preocupando autoridades

A esporotricose, uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix, está emergindo como uma preocupação de saúde pública no Brasil, devido ao aumento significativo nos casos da doença.

Além de atingir seres humanos, a esporotricose tem uma incidência notável em animais, principalmente em gatos.


A infecção é transmitida através do contato do fungo com a pele ou mucosa, frequentemente resultante de ferimentos causados por espinhos, palha, madeira, vegetais em decomposição, ou mesmo arranhaduras e mordeduras de animais contaminados.



Os sintomas variam consideravelmente, dependendo do estado imunológico do paciente e da profundidade da lesão. A forma mais comum se manifesta como lesões cutâneas ou linfocutâneas, tipicamente nas mãos e braços, começando como caroços que podem evoluir para feridas de difícil cicatrização. 


Variantes mais severas incluem a forma extracutânea, que envolve a disseminação do fungo para outros órgãos, como ossos, mucosas e pulmões, e a forma disseminada, afetando múltiplos órgãos e sistemas.


O tratamento da esporotricose é baseado em medicamentos antifúngicos, como o itraconazol, prescritos por um período que varia de três a seis meses, podendo ser estendido até a completa cura. O Ministério da Saúde oferece gratuitamente o itraconazol para casos de esporotricose em seres humanos.


É importante destacar que a esporotricose não é uma doença de notificação compulsória em todo o país, exceto em estados e municípios onde ocorrem surtos. 


Isso torna incerta a quantidade exata de casos no Brasil. No entanto, estudos indicam que a doença tem se espalhado pelo território nacional nos últimos anos. 


Antes de 1990, o fungo Sporothrix brasiliensis era conhecido apenas no sudeste do Brasil, próximo de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2018, casos de esporotricose foram identificados em mais oito estados nas regiões sul e leste do Brasil. Entre 2007 e 2018, houve 672 hospitalizações devido a essa doença no país.


A esporotricose também afeta animais domésticos, especialmente gatos, que são mais suscetíveis à infecção pelo fungo e podem transmiti-la para outros animais e humanos. 


Gatos infectados apresentam lesões na pele, principalmente na face e nas patas, e seu tratamento também envolve o uso de antifúngicos, exigindo cuidados especiais e acompanhamento veterinário.


Medidas simples de prevenção incluem evitar o contato com materiais que possam conter o fungo: use luvas e botas ao manuseá-los; lave bem as mãos após o contato com os animais, leve os bichos imediatamente ao veterinário se apresentarem lesões na pele e faça a castração de gatos, a fim de evitar a disseminação da doença.


Se você não sabe como é a esporotricose, então assista ao vídeo abaixo.




Foto: Canva

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