COISAS QUE VOCÊ SÓ VAI VER NO CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO

Que São Paulo é cheia de atrações culturais para se fazer e conhecer, isso ninguém tem dúvida, mas você já pensou em “turistar” pela cidade de um jeito diferente, ou melhor, em um lugar um tanto quanto incomum? Na verdade é bem excêntrico, digamos assim, para nós brasileiros.

Quem mora na capital já deve saber que o Cemitério da Consolação está, diariamente, aberto ao público e, melhor ainda, com visitas monitoradas de terças e sextas, às 14h, para os que desejam conhecer mais detalhadamente o local.

Porém, o que pode ser novidade para muitos de vocês é o aplicativo guia. Isso mesmo, um APP que ajuda o visitante a encontrar as principais obras e sepulturas de personalidades enterradas lá.

Eu, curiosa que sou, fui até o cemitério (considerado um museu a céu aberto) para testar o aplicativo: Memória e Vida – Cemitério da Consolação, que pode ser baixado tanto em Android como em iOS. Posso dizer que me surpreendi com tudo o que vi. Com as esculturas, com a limpeza, com a estrutura, e, claro, com o APP.

Tudo isso que estou falando aqui vocês podem ver no vídeo abaixo.

Cemitério da Consolação

O cemitério, localizado em uma área de mais de 76 mil metros quadrados cedidos pela Marquesa de Santos, foi inaugurado em 15 de agosto de 1858. No espaço são encontrados 6.128 jazigos – muitos construídos na metade do século 19 e 20 –, dentre estes, cerca de 300 classificados como Arte Tumular ou Personalidades Históricas.

Lá não só acontecem as visitas guiadas como também são realizadas diversas apresentações culturais como peças de teatro, filmes, música clássica e contação de história.

Quem foi Maria Judith de Barros

Durante minha passagem pelo cemitério da Consolação, me deparei com uma sepultura cheia de agradecimentos e fiquei muito interessada em conhecer a vida daquela mulher. Ela: Maria Judith de Barros, casada, mas que vivia em constante conflito com o marido que a agredia diariamente.

O pouco que se sabe sobre Judith diz respeito a uma doença degenerativa da qual sofria; e o fato de ser agredida repetidamente, fez com que o quadro de saúde dela se agravasse e causasse sua morte, em 26 de novembro de 1938. No entanto, outra hipótese aponta que o marido a matou após um ataque de fúria.

Maria de Barros se tornou uma santa popular porque, segundo o aplicativo (sim, têm informações sobre ela no APP, mas eu não tinha visto no dia), após uma mulher que também sofria violência ter seu pedido atendido e em agradecimento ter colocado uma placa em seu túmulo, fez com que o nome de Judith fosse associado à realização de milagres.

Daí em diante, ela passou a fazer parte do roteiro de visitação do cemitério. E os alunos que participavam dos passeios acabavam pedindo para serem aprovados no vestibular e, atendidos, também pregavam placas em seu túmulo. Por isso, hoje Maria Judith de Barros é conhecida como a santa dos vestibulandos.



  

 

 
Fotos: Viviane Andrade

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