Airbag: não coloque os pés em painel de carro em movimento

Quando se trata de segurança nas estradas, um elemento fundamental e frequentemente subestimado, é o airbag. Mesmo sendo fundamental para salvar a vida de motoristas e passageiros, caso não seja utilizado corretamente, o airbag também pode representar um perigo para os ocupantes do veículo.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o airbag é capaz de reduzir o risco de morte em acidentes em até 75%. Mas, o dispositivo infla com muita velocidade e força, podendo chegar a 300 km/h. 



Se o ocupante do veículo estiver muito próximo do airbag ou não estiver usando o cinto de segurança, ele pode sofrer ferimentos no rosto, no tórax, nos braços ou nas mãos, além de provocar queimaduras e irritações na pele ou nos olhos.


Por isso é crucial que o banco esteja ajustado a uma distância mínima de 25 centímetros entre o peito e o volante ou o painel, onde se encontram os airbags dianteiros.


Evite também deixar objetos soltos e atrás do encosto do banco, pois eles serão projetados pelo airbag durante um acidente e atingir os ocupantes do veículo.


Não coloque os pés no painel do carro, porque mesmo o airbag sendo um equipamento de segurança que se infla em caso de colisão, ele pode projetar as pernas contra o corpo ou o rosto do passageiro, causando lesões na coluna, na cabeça, no tórax, nos braços ou nas mãos. 


Além disso, o quadril pode ficar em uma posição de flexão e provocar o desencaixe do osso da coxa da articulação, comprometendo os movimentos da perna. 


Essas lesões muitas vezes são irreparáveis ou até mesmo fatais. Por isso, é importante manter os pés no chão e usar sempre o cinto de segurança, que é o principal item de segurança do veículo.


Em termos globais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito no mundo, sendo que 93% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda. 


A OMS também estima que o cinto de segurança pode reduzir em até 50% o risco de morte ou lesão grave em acidentes, e o uso do airbag pode aumentar essa proteção em até 15%.

Como surgiu o Airbag


O primeiro conceito de um dispositivo que pudesse proteger os ocupantes de um veículo em caso de colisão foi proposto em 1919 por um dentista francês chamado Paul Lemaire. Ele patenteou uma ideia de um sistema de almofadas infláveis que se enchiam de ar quando o carro batia em um obstáculo. Mas, ele não conseguiu desenvolver o seu projeto na prática.


A ideia do airbag como conhecemos hoje surgiu somente em 1953, quando John W. Hetrick, um engenheiro industrial da Marinha, usou sua experiência com disparadores de ar comprimido para torpedos para desenvolver um sistema mais rápido e totalmente automático. 


Ele patenteou um “dispositivo de segurança para veículos” que consistia em uma bolsa de ar que se inflava por meio de um tanque de ar comprimido ou de uma reação química, acionada por um sensor de impacto. 


John chegou a testar o seu protótipo em um carro, mas não conseguiu atrair a atenção das montadoras.


Em 1968, Allen Breed, um engenheiro elétrico, inventou o primeiro sistema de sensor e segurança eletromecânico do mundo, que era capaz de detectar a desaceleração do veículo e acionar o airbag em milissegundos. 


Isso fez com que a Breed Corporation surgisse e se tornasse a líder mundial na fabricação de sensores de airbag. Allen também patenteou a sua tecnologia, que era a única disponível na época.


O primeiro carro a sair de fábrica com airbags para o público comum foi o Oldsmobile Toronado, em 1973. O sistema passou por aperfeiçoamentos ao longo dos anos e foi revolucionado novamente em 1994, graças à tecnologia de inflar as bolsas por gás, que era mais eficiente e segura do que o ar comprimido. 


Desde então, os airbags se tornaram um equipamento de segurança obrigatório em vários países, e foram desenvolvidos vários tipos: como os laterais, os de cortina, os de joelho, os de capô, entre outros.


Foto: Freepik

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