Como Louis Vuitton criou uma das marcas mais desejadas do mundo

Louis Vuitton é um nome que remete a elegância, sofisticação e exclusividade. A marca francesa é uma das mais famosas e desejadas do mundo, com seus produtos de couro, malas, bolsas, roupas, sapatos, joias e acessórios que conquistam milhões de admiradores e consumidores. 


Mas como surgiu essa grife que se tornou um símbolo do mercado de luxo? Quem foi o homem por trás das iniciais LV que estampam os produtos da marca? E como a Louis Vuitton se consolidou como uma referência na moda e na cultura?


As origens de um visionário


O fundador da marca, Louis Vuitton, nasceu em 1821 em uma pequena aldeia na região de Jura, na França. Filho de uma família de carpinteiros e moleiros, ele tinha o sonho de trabalhar com madeira e aprender o ofício de marceneiro. Aos 16 anos, ele decidiu ir a pé para Paris, uma viagem de cerca de 400 km, em busca de oportunidades. Lá, ele conseguiu um emprego como aprendiz de um fabricante de baús de viagem, que eram muito usados pela elite europeia da época.


Louis Vuitton logo se destacou pela sua habilidade e criatividade na confecção dos baús, que precisavam ser resistentes, práticos e bonitos. Ele também atendia aos pedidos especiais dos clientes, que solicitavam baús personalizados para guardar objetos variados, como livros, instrumentos musicais, roupas e até mesmo armas.


Em 1854, após 17 anos de aprendizado, Louis Vuitton abriu sua própria oficina em Paris, na rua Neuve-des-Capucines, perto da Place Vendome. Foi lá que ele apresentou seu primeiro produto inovador: uma mala revestida de tecido impermeável, reforçada com ponteiras de metal nos cantos e com formato retangular. Essa mala era diferente dos baús tradicionais, que eram arredondados e cobertos de couro. A mala de Louis Vuitton era mais leve, fácil de empilhar e protegia melhor os pertences dos viajantes.

A expansão da marca e o surgimento do monograma


O sucesso da mala de Louis Vuitton foi imediato e atraiu a atenção de clientes ilustres, como a imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III. Ela contratou Louis Vuitton como seu fornecedor oficial de malas e bagagens, o que lhe rendeu prestígio e publicidade. Outros membros da nobreza e da alta sociedade também se tornaram clientes fiéis da marca, que passou a produzir baús cada vez mais sofisticados e luxuosos.


Em 1859, Louis Vuitton ampliou sua oficina para a cidade de Asnières, ao norte de Paris. Lá, ele construiu também sua residência familiar e um museu particular. Até hoje, Asnières é o local onde são fabricados os produtos da marca, por cerca de 170 artesãos especializados.


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Em 1870, durante a Guerra Franco-Prussiana, a oficina original de Louis Vuitton em Paris foi saqueada e incendiada pelos invasores. Ele teve que reconstruir seu negócio do zero e aproveitou para criar novos modelos de malas e baús. Em 1872, lançou uma mala em canvas (tecido) listrado em bege e marrom-claro. Em 1888, ele introduziu um novo padrão em canvas xadrez em marrom-escuro e bege.


No entanto, esses modelos foram copiados por outros fabricantes, o que levou Louis Vuitton a buscar uma forma de proteger sua propriedade intelectual. Em 1896, quatro anos após a morte do fundador da marca (1821-1892), seu filho Georges Vuitton criou o famoso monograma LV em marrom e bege. O monograma era inspirado nas iniciais do pai e nos símbolos florais que decoravam o teto da casa de Asnières, e acabou se tornando a assinatura da marca e um ícone da moda.

A diversificação dos produtos e a consagração mundial


Georges Vuitton também foi responsável por expandir a marca para outros países. Em 1885, ele abriu a primeira loja fora da França, em Londres. Em 1893, ele participou da Feira Mundial de Chicago, nos Estados Unidos, onde apresentou seus produtos para um público internacional. Mas só foi em 1898, que ele inaugurou uma loja em Nova York.


Além disso, Georges Vuitton foi um visionário que antecipou as tendências e as necessidades dos viajantes. Ele criou baús e malas adaptados para diferentes meios de transporte, como trens, navios, carros e aviões. Ele também inventou um sistema de fechamento inteligente que tornava os baús invioláveis, garantindo a segurança dos objetos guardados.


Georges Vuitton faleceu em 1936, e deixou a marca para seu filho, Gaston-Louis Vuitton - responsável por diversificar os produtos da marca, introduzindo novos materiais, cores e estampas. Ele também criou as primeiras bolsas femininas da Louis Vuitton, como a Speedy, a Alma e a Noé. 

Essas bolsas se tornaram clássicos da marca e foram usadas por celebridades como Audrey Hepburn e Grace Kelly.


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Foram os filhos de Gaston-Louis Vuitton que transformaram a Louis Vuitton em uma empresa global, com lojas em todos os continentes. Eles também ampliaram o portfólio da marca, incluindo roupas, sapatos, joias, relógios, óculos, perfumes e acessórios.


Em 1987, a Louis Vuitton se fundiu com a Moët et Chandon e a Hennessy, formando o grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), o maior conglomerado de luxo do mundo. A marca também contratou o estilista americano Marc Jacobs como seu diretor artístico, que se tornou responsável por renovar a imagem da marca e lançar as primeiras coleções de prêt-à-porter (roupas prontas para usar) da Louis Vuitton.


Sob a direção de Marc Jacobs, a Louis Vuitton também fez parcerias com artistas renomados, como Stephen Sprouse, Takashi Murakami e Richard Prince, que criaram edições limitadas de bolsas e acessórios com suas assinaturas. Essas peças são objetos de desejo e de coleção para os fãs da marca.


Em 2013, Marc Jacobs deixou a Louis Vuitton e foi substituído pelo estilista francês Nicolas Ghesquière. Ele é o atual diretor artístico da empresa e tem como missão preservar a tradição e a qualidade da Louis Vuitton, ao mesmo tempo em que traz inovação e modernidade para suas criações.

A influência da Louis Vuitton na moda e na cultura


A Louis Vuitton é mais do que uma marca de luxo. Ela é uma referência na história da moda e na cultura popular. Seus produtos são reconhecidos mundialmente pela sua beleza, funcionalidade e exclusividade. Eles também são símbolos de status, poder e prestígio.


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A Louis Vuitton tem uma forte presença no mundo das artes, do cinema, da música e do esporte. A empresa patrocina exposições, eventos e instituições culturais, como a Fundação Louis Vuitton em Paris: ela também produz peças especiais para personalidades famosas, como o baú que guarda o troféu da Copa do Mundo de Futebol.


Louis Vuitton também é uma fonte de inspiração para outros criadores e artistas. É citada em livros, filmes, músicas e obras de arte e também é alvo de críticas, paródias e homenagens. A marca desperta admiração, curiosidade e fascínio.


Foto: Internet

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