Os trabalhadores que tinham saldo nas contas (ativas ou inativas) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no ano de 2022, com salto em 31 de dezembro de 2022, vão receber uma parte do lucro obtido pelo fundo no ano passado. O Conselho Curador do FGTS vai distribuir o valor total de R$ 12,7 bilhões.
O lucro líquido do FGTS em 2022 foi de R$ 12,8 bilhões, uma queda de 3,45% em relação ao exercício anterior. A redução se deve ao aumento das despesas com equivalência patrimonial e empréstimos, que são reservas para cobrir eventuais calotes. O FGTS teve uma receita de R$ 49,8 bilhões e uma despesa de R$ 36,9 bilhões em 2022.
Com a distribuição do lucro, o rendimento total das contas do FGTS referente a 2022 deve ficar em cerca de 7% ao ano. A remuneração básica do fundo é de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada desde 2017. A suplementação dos rendimentos com o lucro do fundo é uma forma de compensar a perda de poder de compra das contas do FGTS, que é alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para saber quanto receberá, o trabalhador precisa multiplicar o saldo da conta no dia 31 de dezembro de 2022 pelo fator de distribuição do lucro de 2023, que é de 0,02461511. Na prática, isso significa que cada R$ 1.000 de saldo na conta do FGTS ao fim de 2022 renderam R$ 24,62 adicionais com a distribuição do lucro.
O trabalhador não precisa fazer nada, o dinheiro extra será depositado automaticamente pela Caixa Econômica Federal até o dia 31 de agosto de 2023, no entanto, o valor não pode ser sacado imediatamente pelos trabalhadores. Ele segue as mesmas regras de saque do FGTS, que permitem a retirada apenas em situações específicas, como demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria ou doença grave.
Foto: Pixabay
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