Conheça a história do ex-presidiário que assaltou 100 bancos e se entregou para a polícia

O homem se chama Cain Vincent Dyer, ele é americano e ex-fuzileiro. Os roubos aos bancos ocorreram entre os anos de 1999 e 2001, na Califórnia. Vincent contou a Insider que os crimes foram cometidos porque ele queria ajudar alguém especial que era como um irmão.

Essa pessoa, da qual ele não revelou a exata ligação ou nome, tinha uma dívida com a máfia e, se não pagasse a dívida, corria risco de morte. Cain Vincent resolveu praticar os assaltos a bancos porque acreditava que eram crimes sem vítimas. “Eu pensava que era um crime menos pior de cometer. Eu sentia que estava roubando uma instituição e que era melhor do que roubar de uma pessoa física. Coisa que eu não faria”, afirmou na entrevista. 

Como os roubos aconteciam


Cain disse que seis assaltos foram suficientes para pagar os bandidos - e que nessa fase era “menos preparação e mais desespero”. Porém, antes de roubar o primeiro banco, Vincent tirou um mês de férias para pesquisar e entender como funcionava as empresas, os caixas eletrônicos e até mesmo os tipos de cofres que existiam nas instituições. 


Além disso, ele tinha algumas estratégias para fazer os assaltos e ainda não ser pego durante a fuga. Ao chegar no banco escolhido, Cain ficava pelo menos uma hora observando a movimentação do local: prestava atenção nos clientes, atendentes e seguranças para entender qual era o clima no ambiente. Mas a escolha do banco não era tão simples.


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“Para o meu primeiro assalto eu estava à procura de qualquer banco'', conta. 

Depois passou a escolher bancos que ficavam nas proximidades de comércios. “Dessa forma, eu sabia que muito provavelmente seria o banco que todos os comerciantes da época usavam para depositar dinheiro”, revelou. 


Vincent também optava por bancos  que tivessem fácil acesso a rodovias interestaduais, dessa forma, teria mais opções para sair da região. As condições meteorológicas também influenciavam a escolha. A preferência era por dias quentes e ensolarados que o ajudavam a  escapar, já que haviam mais pessoas circulando nas ruas. 

“Em uma área onde vai chover ou estar nublado, você pode se cobrir um pouco mais usando mais peças de roupas sobrepostas, agora se tiver um dia de sol, é muito provável que haja mais pessoas nas ruas. Sendo assim, havia mais chances de eu passar desapercebido”, diz. 



O disfarce


Para entrar nos estabelecimentos, o ex-presidiário gostava de usar bonés, óculos escuros e roupas compatíveis com os usuários que frequentavam a área para não se destacar demais. Dependendo da ocasião, ele poderia usar uma barba por fazer ou barba cheia. Sempre estava com uma mochila na frente do peito onde escondia a arma falsa comprada no primeiro assalto - por causa disso, ganhou o apelido de “bandido canguru” -, assim, ele tinha uma mão livre para pegar o dinheiro e colocar na bolsa. 


As impressões digitais eram camufladas com superbonder: ele utilizada uma solução especial para retirar o produto das mãos. 


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Para escapar da polícia, ele agia de forma natural -  dirigia carros simples e abaixava os vidros, assim que dava de cara com a polícia, fazia questão de olhar direto para eles - a polícia nunca desconfiou que ele era o suspeito.


“Eu tirava todo o meu disfarce, ligava o carro e dirigia normalmente para longe. Os policiais passavam por mim e eu os encarava normalmente”, declarando que esse era um ótimo plano. “Quem foge da polícia evita fazer contato visual”, afirma. 


Todavia, o nome do bandido canguru ganhou fama e os investigadores foram até a casa dele para fazer uma busca e apreensão, mas não encontraram nada. Foi nesse momento que Vincent resolveu se entregar. “Acho que não conseguia mais viver com aquela sensação de perigo iminente. Sei que se eu tivesse continuado, teria sido pego", confessou. 

Após os crimes


Dyer disse na entrevista para a Insider que, naquela época, ele não pensava nas consequências de seus atos, não imaginava que tudo aquilo poderia causar traumas e o quanto fazia mal para as pessoas. “Eu não entendia os efeitos psicológicos que minhas atitudes causavam nas vítimas ou o quanto aquilo custava a elas, por isso procuro formas de reparar o que eu fiz”.


Hoje, Vincent trabalha com ex-infratores. Ele já fez voluntariado por 4 anos para ajudar as pessoas que tiveram algum tipo de trauma devido aos roubos.


Foto: Internet, Insider

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