Por que não temos uma solução definitiva para a dor de cabeça?

A humanidade sofre com dores de cabeça há mais de 9 mil anos. Infelizmente, nem antes e nem hoje a ciência conseguiu explicar ou identificar o real motivo causador das enxaquecas. Existem pelo menos 300 tipos de dores de cabeça espalhadas pelo mundo. 

E como pode, depois de  tanto tempo, a medicina ainda não ter encontrado a solução definitiva para esse nosso problema? 


Acontece que mesmo esse sendo um dos problemas que mais causam desconforto e que atinge quase 100% da população mundial, os investimentos para descobrir o porque temos enxaqueca é baixíssimo. As empresas preferem destinar o dinheiro para pesquisas de doenças graves e fatais, muito justo!


Porém, mesmo esse mal atingindo muito mais as mulheres - 1 em cada 5, contra 1 em cada 15 homens -, quando a enxaqueca é estudada, a maioria das pesquisas são realizadas em animais machos, e não em fêmeas. O que talvez possa influenciar nos resultados. 



No século 17, o neurologista britânico Thomas Willis descobriu que a dor de cabeça pode ser causada por aspectos hereditários e também sofrer influência da alimentação, porém o meio ambiente ao nosso redor coopera e muito pra isso, o stress é o campeão dos campeões e para as mulheres os hormônios contribuem bastante. 


Se hoje já é difícil tratar esses sintomas, como será que os povos antigos faziam para parar essa dor?

No ano de 400 a.C. - Hipócrates, o grego considerado o pai da medicina antiga -, relatou em um tratado sobre o cérebro que uma das soluções para as dores que aterrorizavam a população antigamente era a trepanação: uma abertura de um ou mais buracos no crânio. 


Isso era feito porque os antigos entendiam que as dores eram causadas por espíritos malignos, e que provavelmente a pessoa que estava com dor tinha algum problema mental.


Outros entendimentos malucos que também foram disseminados por décadas sobre a enxaqueca era que, como o distúrbio atingia muito mais as mulheres, os médicos do século 19, por exemplo, diziam que esse era o “mal das mães de classes baixas”, cujas cabeças eram fracas devido ao trabalho diário, privação de sono, amamentação frequente e desnutrição. Elas eram ridicularizadas e consideradas histéricas. 


Por outro lado, se esse problema acontecesse com alguém de classe alta, a enxaqueca significava apenas cansaço. Mas claro que ela não pode ser igual para homens e mulheres. Para o pai da medicina moderna, Harold G Wolff, as mulheres ricas tinham dores de cabeça porque eram incapazes de aceitar o papel feminino na sociedade, principalmente em relação ao sexo. Quer dizer, as mulheres podem ser ricas ou pobres, mas todas serão neuróticas.


É por isso que até hoje as mulheres sofrem com esse estigma de loucas, que fazem drama por qualquer coisa.



Além da trepanação, as dores de cabeça também eram tratadas na Idade Média com sangria: que é quando se tira o sangue do paciente e joga fora; feitiçaria (perigoso, mas também era usada) e eles até colocavam um dente de alho na lateral da cabeça, nas têmporas. 

O método mais leve foi adquirido pela China e Europa a partir de 400 a.C. que era mastigar cascas de salgueiro: essa planta é utilizada até hoje em medicamentos.  


Já no Egito Antigo, tanto as dores nas articulações quanto as enxaquecas eram estimuladas com peixes elétricos. A pessoa colocava a parte que estava doendo em contato com o peixe, isso significa que se era dor de cabeça, eles colocavam o peixe na cabeça do paciente.


Foto: Pexels

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