A popularização do Everest e o fascinante livro no ar rarefeito de Jon Krakauer


Não sei qual foi o momento exato em que me interessei tão profundamente pela história do Everest, mais precisamente sobre a história da tragédia ocorrida em 1996. Apenas me lembro de estar diante do livro No Ar Rarefeito” de Jon Krakauer. Uma obra fascinante que li em um fôlego só.

A história das vítimas envolvidas nessa trágica memória da montanha já foi contada - muito superficialmente - no filme Everest, que boa parte de vocês já devem ter assistido, mas se ainda não fez isso, aproveite essa outra dica. 


Porém, o “No Ar Rarefeito” te consome e hipnotiza. A leitura conta os mínimos detalhes da vida das pessoas que tiveram contato, de alguma forma, com o autor deste livro: Jon foi designado a escrever uma matéria sobre a comercialização do Everest para a revista Outside, o que ele não imaginava era que estaria diante de um dos maiores acidentes em montanhas geladas do mundo. 


O relato é perturbador e nos aguça a perguntar: “por que alguém se submeteria a correr tanto risco escalando montanhas como essa?”. Claro que talvez a resposta dinheiro tenha vindo logo à sua cabeça e, sim, é verdade. Boa parte dos alpinistas faz isso por dinheiro, no entanto, muitos outros escalam por ideia fixa de querer estar no topo do mundo ou também pela adrenalina. 


E mesmo com todas essas respostas eu ainda me perguntava: “mas por que diabos alguém se submete a passar por tudo isso”, nada do que Jon explicava era suficiente para mim. A angústia era tão grande que chegava a dar raiva e vontade de subir lá só para mandar todo mundo ir embora para casa e parar com essa loucura (eu pensava nisso durante a leitura: por que vocês estão aí, vão embora).

A obra 


Jon aborda diversos temas, não só a popularização do local, mas também relatos que vão desde as primeiras pessoas a morrerem no Everest até as doenças causadas pela montanha. Histórias fortíssimas de superação e tristeza. 


No livro, você vai poder entender exatamente como funcionam as coisas por lá. O que uma pessoa pode sofrer, perder ou ganhar. 


E mais do que isso, o autor conta qual foi o momento crucial de mudança de mindset dos alpinistas e pessoas comuns em relação à montanha. Quando o mundo começou a visualizar o Everest como um dos objetivos de vida para colocar na lista do que era preciso fazer antes de morrer. Vou deixar um spoiler, foi “em 1985, quando um texano rico de 55 anos, com uma experiência limitada em alpinismo, foi levado ao topo do Everest por um extraordinário alpinista onde as críticas sobre essa situação nos meios de comunicação foram boas”, diz Jon.


Bom, foi aí que a história de circulação de pessoas no Everest transformou a montanha. “Até esse momento, o Everest era um território exclusivo para alpinistas de elite: ser convidado para participar de uma expedição ao Everest era uma honra. Porém, depois disso tudo mudou”, afirma Krakauer. 


Eu poderia ficar horas escrevendo tudo que você vai ler no livro, mas não é isso que queremos, certo?! O foco aqui é incentivar você a passar por essa experiência de leitura que vale muito a pena. 


Se mesmo assim eu não te convenci a ler o livro, sugiro que assista o vídeo abaixo onde conto um pouco mais da obra. Tenho certeza que você vai se interessar. 


Você pode clicar aqui e encontrar o link do livro na Amazon.



Foto: Ilustração

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