A história da primeira vacina aconteceu de um jeito curioso. O descobridor, Edward Jenner, na época ainda estudante de medicina, fez um experimento um tanto quanto repulsivo para os dias atuais com um menino de apenas 8 anos: aplicou em sua pele um líquido de uma doença que estava devastando a Europa no século XVIII, a varíola.
Antes disso, o médico - que vivia em uma área rural - passou a fazer observações interessantes sobre uma outra versão dessa enfermidade, a que acometia somente as vacas.
Nos animais, a varíola se manifestava nas glândulas mamárias, isso provocava o aparecimento de feridas, mas não das bolhas de pus, algo que chamou sua atenção. Além disso, Edward percebeu que as mulheres que mantinham contato com os bichos doentes também pegavam a varíola bovina, mas nunca a que atingia os humanos.
Por isso ele resolveu fazer o teste. Como esperado, após aplicar no garotinho o fluido de uma mulher que estava com a “varíola da vaca” no dia 14 de maio de 1796, uma semana depois do ocorrido, o jovem reclamou de dores nas axilas. No dia 23, sentiu-se mal , mas logo se recuperou.
Foi aí que que Jenner teve a brilhante ideia de fazer um novo experimento, só que agora com a versão mais perigosa. Isso aconteceu um mês e meio depois da primeira fase.
Ao injetar a varíola humana no braço de James Philipps, o menino não teve nenhuma reação e tão pouco passou mal. Edward repetiu o processo mais algumas vezes, mas a criança continuou saudável. Nascia, então, a primeira vacina mundial.
O que é interessante frisar, é que os especialistas dizem que o médico teve sorte em sua pesquisa, isso porque os vírus de diferentes grupos não são capazes de deter os de outra família.
Não foi fácil introduzir a vacina na comunidade, porém devido a sua eficácia muito bem constatadas, a Academia de Ciências do Reino Unido reconheceu os feitos da vacina em 1798 e, felizmente, a varíola foi erradicada em 1980.
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