CONSUMO EXCESSIVO DE PORNOGRAFIA PODE AFETAR NEGATIVAMENTE SUAS RELAÇÕES SEXUAIS

Muitas pessoas que consomem pornografia - 76% dos homens e 24% das mulheres (dados retirados da pesquisa do canal a cabo Sexy Hot) - se imaginam na cena do filme ou pensam em como seria se estivessem lá fazendo aquilo. O problema é justamente esse, quem costuma assistir esse tipo de conteúdo esquece que tudo ali não passa de ficção e que boa parte das coisas encenadas pelos atores é impossível de acontecer na vida real.

Devido a isso, surgiu a ideia de que sexo misturado com dor é prazeroso, ou seja, puxões de cabelos, tapas no rosto ou em outras partes do corpo, penetrações sem o mínimo de cuidado ou preparo anterior, etc. Mulheres - por dependência emocional - passaram a acreditar que aceitar essas condições daria mais prazer ao parceiro, e os homens supõem que elas realmente gostam disso porque viram mulheres gemendo de prazer nos filmes pornôs. Claro que uma ou outra pode gostar disso, mas em sua maioria não é isso que acontece. 


Essa também foi uma imposição colocada no filme “Cinquenta Tons de Cinza” - por exemplo, onde o personagem principal, Christian Grey, convence Anastásia de que chicotadas de leve não doem e que ser amarrada, sem ter controle sobre o próprio corpo, é maravilhoso e excitante.


Quer você queira quer não, a indústria pornográfica glamouriza comportamentos abusivos, e isso está, muitas vezes, estampado no rosto das atrizes. Mas você está concentrado demais no seu próprio prazer para perceber isso, afinal, os filmes mostram apenas os momentos mais quentes, e por alguma razão você ignora que aquilo não é real, que as cenas de quando um ator não consegue manter o membro ereto ou a mulher sente dor ou cansaço não são mostradas. Mesmo assim, os homens, em sua maioria, idealizam um sexo desses. 


E por não ter o mesmo desempenho na cama, sua namorada ou esposa nunca será sexy o suficiente como a Vivi Fernandez. Inclusive ela disse em uma entrevista para o site Uol, que sua carreira artística em filmes pornográficos respingou em sua vida sexual. “Assistia a muitos filmes para aprender como era e fiquei muito profissional. Perdi a espontaneidade. [Hoje] os homens querem repetir as cenas dos filmes, mas esquecem que eu vivia uma personagem”, disse.


Já no imaginário feminino, o personagem Christian Grey é a personificação da figura masculina perfeita: atraente, forte, poderoso e galã, que corre atrás da mulher amada custe o que custar, com um belo presente para mostrar seu arrependimento.  


Outro mito criado pela indústria pornográfica gira em torno da disposição sexual - sexo é bom a qualquer hora e em qualquer lugar. Nunca os atores estão indispostos ou cansados para um dia inteiro de sexo selvagem em cima da pia, da mesa, em pé ou na banheira, o que leva alguns a acreditarem que não sentir vontade de fazer sexo de vez em quando é motivo de preocupação e necessidade de ir visitar um especialista. A verdade está longe disso. Não querer transar uma vez ou outra é completamente normal e está muito mais relacionado em como foi seu dia do que com problemas de saúde.


Foto: Ilustração

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