Ronaldo Nazário, o Fenômeno, é um dos maiores jogadores de futebol da história, mas poucos lembram que sua trajetória quase terminou por causa de lesões graves.
Em 1999 e 2000, ele sofreu duas rupturas no tendão patelar do joelho direito, que o deixaram fora dos gramados por quase dois anos. Médicos chegaram a dizer que ele nunca mais jogaria em alto nível. Mas o camisa 9 tinha um trunfo além do talento: o poder da mente.
"Eu visualizei cada passo da minha recuperação, cada gol que faria ao voltar", disse Ronaldo em entrevista à FIFA em 2018, refletindo sobre sua volta por cima.
Estudos da psicologia esportiva, como os conduzidos pela Universidade de Stanford, mostram que a visualização positiva pode acelerar a recuperação física em até 20%, ativando áreas do cérebro ligadas à motivação e ao controle motor. Ronaldo aplicou isso intuitivamente: enquanto se recuperava, passava horas imaginando jogadas e fortalecendo sua confiança.
O resultado? Em 2002, ele retornou para liderar o Brasil na conquista da Copa do Mundo, marcando oito gols – dois na final contra a Alemanha – e ganhando o prêmio de melhor jogador do torneio. "A cabeça comanda o corpo", afirmou ele ao Globo Esporte após o título.
O ortopedista José Luiz Runco, que acompanhou sua recuperação, reforça: "O diferencial dele foi a disciplina mental. Ele nunca desistiu, mesmo quando o corpo parecia ceder."
Dados da CBF mostram que, entre 1999 e 2002, Ronaldo passou por mais de 600 sessões de fisioterapia. Mas foi sua resiliência psicológica que o levou de volta ao pódio. Hoje, aos 48 anos, ele é dono de clubes e inspira atletas a usarem a mente como arma contra adversidades.
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