Machu Picchu: como o Peru está salvando sua joia histórica

Machu Picchu, a cidade inca nas montanhas do Peru, é um dos destinos mais famosos do planeta. Em 2024, recebeu 1,2 milhão de visitantes, mas o excesso de turismo quase a destruiu. 



Agora, o governo peruano aposta em medidas radicais para preservá-la – e os brasileiros, que representam 10% dos turistas, segundo o Ministério do Turismo do Peru, estão na mira das mudanças.


Desde janeiro de 2025, o limite diário de visitantes caiu de 5 mil para 3 mil, e o acesso só é permitido com guias credenciados. "Queremos qualidade, não quantidade", disse o ministro do Turismo, Juan Carlos Mathews, à Reuters em fevereiro. 


O motivo é sério: um relatório da UNESCO de 2023 alertou que o desgaste do solo e a erosão nas ruínas avançaram 15% em uma década, ameaçando o sítio declarado Patrimônio Mundial.


Drones passaram a monitorar o fluxo de pessoas, e um sistema de ingressos digitais, testado em 2024, reduz fraudes – 20% das entradas eram falsificadas, segundo a polícia local. 


Mas o impacto econômico preocupa, pois Cusco, base para Machu Picchu, perdeu 12% da receita turística em janeiro de 2025, mas arqueólogos celebram. "É um equilíbrio entre preservar e lucrar", diz Luis Jaime Castillo, arqueólogo da Universidade Católica do Peru.


Para brasileiros, a viagem ficou mais cara – ingressos subiram para US$ 50 –, mas a experiência ganhou: trilhas menos lotadas e vistas mais limpas. 


Em 2024, o Peru lançou uma campanha no Brasil com o slogan “Machu Picchu te espera”, e agências como CVC relatam alta de 18% na procura para 2025.


Foto: Ilustração

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