PF desarticula plano para assassinato de Lula, Alckmin e Moraes

A Polícia Federal (PF) prendeu cinco pessoas acusadas de planejar um golpe de Estado e o assassinato de altas autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 



As detenções, parte da Operação Contragolpe, ocorreram no dia 19 de novembro de 2024. Os envolvidos incluem militares com formação em Operações Especiais, conhecidos como "kids pretos", e um policial federal.


De acordo com as investigações, o grupo havia elaborado um plano detalhado chamado “Punhal Verde e Amarelo”, previsto para ser executado em dezembro de 2022, logo após as eleições presidenciais. 


O plano incluía ações militares sofisticadas, armamentos pesados e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para lidar com os desdobramentos institucionais. 


Além dos assassinatos, os suspeitos também planejavam o sequestro de um ministro do STF.


As prisões foram realizadas em diferentes estados e no Distrito Federal. Entre os detidos está o general da reserva Mário Fernandes, que ocupou cargos no governo Bolsonaro, incluindo a Secretaria-Geral da Presidência. 


A PF aponta que ele teve papel central na articulação do golpe. As investigações também relacionam o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, ao esquema, como um dos articuladores principais.


Dados recuperados de dispositivos eletrônicos, incluindo arquivos apagados do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foram cruciais para a operação. 


Os documentos indicam uma tentativa coordenada de impedir a posse de Lula e Alckmin, envolvendo reuniões com outros líderes militares e financiamentos para manifestações em Brasília.


A PF classificou os crimes como de "extrema gravidade" e disse que as ações desarticuladas representavam uma ameaça direta ao Estado Democrático de Direito. Os envolvidos agora respondem por organização criminosa, abolição violenta do regime democrático e tentativa de golpe de Estado. 

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