No último domingo (25), a cantora Preta Gil surpreendeu seus seguidores ao anunciar que o câncer de intestino, diagnosticado em 2023, retornou em quatro locais diferentes do corpo.
A recidiva foi detectada durante exames de rotina, e agora Preta enfrenta novas metástases em dois linfonodos, uma lesão no ureter e outra no peritônio. O diagnóstico abalou tanto a artista quanto seus fãs, que acompanharam de perto sua luta inicial contra a doença.
Preta havia passado por uma cirurgia para remoção do tumor em agosto de 2023 e, em dezembro, anunciou o término do tratamento após um procedimento de reconstrução do trato intestinal.
Durante o período de remissão, que pode durar até cinco anos, é comum que pacientes mantenham uma rotina de exames para monitorar possíveis retornos da doença. Infelizmente, no caso da cantora, o câncer voltou antes desse prazo.
Especialistas explicam que a recidiva, ou seja, o retorno do câncer, pode ocorrer de três formas principais: localmente, próximo ao local original do tumor, ou à distância, em outras partes do corpo, como foi o caso de Preta.
O oncologista Mauro Donadio, da Oncoclínicas São Paulo, em entrevista para o G1, aponta que mesmo após tratamentos considerados curativos, células residuais podem permanecer no corpo, escapando dos exames iniciais e, eventualmente, crescendo novamente.
A metástase, quando o câncer se espalha para outros órgãos, é um desenvolvimento preocupante. Sergio Roithmann, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, explica que, em casos assim, as opções de tratamento podem incluir quimioterapia, imunoterapia e outros medicamentos sistêmicos, além de cirurgias em alguns casos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, não há como prever com exatidão quando ou se o câncer retornará. Cada tipo de câncer tem um padrão de recidiva específico, e o acompanhamento regular com exames periódicos é essencial para a detecção precoce de qualquer sinal de retorno.
No caso do câncer de intestino, o maior risco de recidiva ocorre nos dois primeiros anos após o tratamento inicial. No entanto, após cinco anos sem sinais da doença, a probabilidade de cura aumenta significativamente.
Preta já iniciou um novo tratamento, reforçando sua determinação em lutar contra a doença mais uma vez.
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