O Google, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, está enfrentando um novo processo judicial nos Estados Unidos, acusado de enganar os usuários do seu navegador Chrome sobre a coleta de dados pessoais. O caso foi retomado após uma decisão recente de um tribunal, que decidiu que a empresa deve responder às acusações em um julgamento.
A questão principal é que usuários alegam que o empresa continuava coletando informações sobre o que eles faziam na internet, mesmo quando eles escolheram não ativar o chamado "Chrome Sync".
Essa função permite sincronizar o histórico de navegação, favoritos e outras configurações entre diferentes dispositivos usando a mesma conta do Google.
Inicialmente, um tribunal distrital dos Estados Unidos havia rejeitado o caso, alegando que os usuários deveriam estar cientes de que seus dados poderiam ser coletados.
Porém, um tribunal de apelações decidiu que essa questão precisa ser melhor analisada, e disse que é necessário verificar se um "usuário comum" entenderia que seus dados estavam sendo coletados, mesmo sem a sincronização ativada. Por isso, o caso foi enviado de volta para novo julgado.
Esse não é o único problema legal que o Google enfrenta. Nos últimos tempos, a empresa tem sofrido várias derrotas nos tribunais, sendo acusada de práticas que prejudicam a concorrência e o mercado. Essas questões legais podem forçar o Google a mudar a forma como opera e lida com a privacidade e os dados virtuais.
O Google, por sua vez, nega as acusações. Um porta-voz da empresa afirmou que o Google está confiante de que as acusações são infundadas e que o Chrome oferece controles claros de privacidade para seus usuários.
Esse caso faz parte de uma série de ações contra as grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Meta (dona do Facebook) e Apple. Muitos críticos acreditam que essas big techs têm poder demais e que o governo precisa agir para proteger os consumidores e garantir um mercado justo.
As decisões recentes contra o Google sugerem que a justiça americana está começando a lidar de forma mais rigorosa com essas gigantes do setor de tecnologia.
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