Agentes e diplomatas americanos são atingidos por síndrome misteriosa que desafia médicos e cientistas há anos

Desde 2016, diplomatas e agentes de inteligência dos Estados Unidos têm sido atingidos por uma misteriosa condição que desafia a compreensão de médicos e cientistas: a Síndrome de Havana. 


Os primeiros casos surgiram na embaixada americana em Havana, Cuba, onde funcionários relataram sintomas que variavam de dores de cabeça e tonturas a dificuldades de concentração e perda de audição. À medida que os relatos se multiplicavam, a perplexidade aumentava.


Os primeiros indícios do que seria chamado de Síndrome de Havana foram notados quando agentes da CIA em Cuba começaram a ouvir estranhos ruídos metálicos e zumbidos, seguidos de pressão intensa no crânio e dor. 


Em alguns casos, os afetados não ouviam som algum, mas sentiam calor e pressão inexplicáveis. Esses sintomas preocupantes levaram a uma série de investigações e teorias sobre a possível causa do fenômeno.


Uma das principais hipóteses levantadas foi a de que os sintomas poderiam ser causados por armas sônicas ou de micro-ondas. Cientistas como James Lin, da Universidade de Illinois, exploraram a ideia de que micro-ondas de alta potência poderiam estar sendo utilizadas para emitir pulsos que afetam o sistema nervoso central. 


Esse fenômeno, conhecido como "Efeito Frey", foi documentado em experimentos desde a Segunda Guerra Mundial, onde pessoas expostas a micro-ondas relatavam ouvir sons inexistentes.


Outra teoria sugere que a síndrome poderia ser resultado de uma doença psicogênica, onde o estresse e a ansiedade coletivos causam sintomas físicos reais. Há ainda a possibilidade de que os afetados tenham sido expostos a toxinas ambientais ou produtos químicos, embora essa hipótese não tenha sido confirmada.


O impacto da Síndrome de Havana não se limitou a Cuba. Em 2017, Marc Polymeropolous, um agente sênior da CIA, foi atacado em Moscou e apresentava sintomas tão graves que o levaram a se aposentar. 


Na China, funcionários do consulado americano em Guangzhou também relataram sintomas similares, e testes amadores detectaram níveis elevados de radiação.


A resposta das autoridades americanas foi inicialmente lenta e desorganizada. Houve falhas na comunicação e na coleta de dados entre o Departamento de Estado e a CIA, o que resultou em frustração entre os afetados. 


Mark Zaid, advogado que representa várias dezenas de funcionários governamentais, criticou a relutância do governo em reconhecer a gravidade dos incidentes e fornecer apoio adequado.


Com centenas de casos registrados, a Síndrome de Havana se tornou uma prioridade de segurança nacional para os Estados Unidos. A busca por respostas continua, mas até agora, nenhuma explicação definitiva foi encontrada. 


Este enigma moderno combina elementos de ciência, medicina, espionagem e geopolítica, e sua resolução pode ter implicações profundas para a segurança internacional e a saúde dos funcionários governamentais ao redor do mundo.


Enquanto isso, os afetados pela síndrome seguem buscando tratamentos e explicações para os sintomas debilitantes que mudaram suas vidas, enquanto a comunidade internacional observa atentamente, esperando por uma solução para este mistério desconcertante.


Foto: ilustração, internet
Fonte: internet, BBC

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