Estado do Kansas processa Pfizer por alegações enganosas sobre a vacina contra a COVID-19

 No dia 17 de junho, o estado do Kansas entrou com um processo contra a Pfizer, acusando a farmacêutica de enganar o público com informações falsas sobre a segurança e a eficácia de sua vacina contra a COVID-19. 


O procurador-geral do Kansas, Kris Kobach, é o responsável pela ação, que aponta inconsistências entre os dados de eventos adversos da vacina e as declarações públicas feitas pela empresa.


A ação judicial menciona um comunicado de imprensa da Pfizer, datado de 1º de abril de 2021, que afirmava não haver "nenhuma preocupação séria com a segurança até seis meses após a segunda dose". 


No entanto, documentos públicos revelaram que, até 28 de fevereiro de 2021, o banco de dados de eventos adversos da Pfizer já continha 158.893 registros de problemas relatados após a vacinação.


“A Pfizer ocultou, suprimiu ou omitiu fatos relevantes que possuía, mostrando preocupações significativas de segurança associadas à vacina da Pfizer contra a COVID-19”, diz a queixa. 


Além disso, o processo alega que a empresa fez declarações enganosas sobre a eficácia da vacina, citando uma proteção de 91,3% até seis meses após a segunda dose, enquanto dados internos indicavam uma eficácia de 83,7% quatro meses após a segunda dose, com sinais de diminuição adicional aos seis meses.


A Pfizer reconheceu a diminuição da eficácia em um artigo de pré-impressão publicado em 28 de julho de 2021, mas, segundo o processo, omitiu essas informações em seu comunicado à imprensa do mesmo dia. 


Kobach argumenta que essa omissão permitiu que a Pfizer lucrasse com a vacinação de cidadãos do Kansas que poderiam ter reconsiderado a vacinação se soubessem da eficácia decrescente.


No segundo trimestre de 2021, a Pfizer faturou quase US$8 bilhões com sua vacina contra a COVID-19. O processo também destaca declarações do CEO da Pfizer, Albert Bourla, no início de 2023, afirmando que não havia sinais de problemas de segurança, apesar de já existirem evidências de casos de miocardite associada à vacina.


A queixa, apresentada no tribunal distrital do Condado de Thomas, alega que a Pfizer violou acordos de consentimento firmados anteriormente com o Kansas e outros estados. 


Em um desses acordos, a Pfizer pagou, em 2008, US$60 milhões pela promoção de medicamentos e concordou em fornecer informações precisas sobre seus produtos no futuro.


Kobach busca uma declaração judicial de que as alegações da Pfizer violaram os acordos de consentimento e pede indenização, incluindo US$20.000 por cada violação.


Em resposta, a Pfizer afirmou que o caso não tem mérito, e que a empresa responderá no devido tempo. A farmacêutica destacou seu orgulho em ter desenvolvido a vacina em tempo recorde durante a pandemia e em ter salvado inúmeras vidas, reiterando que todas as suas declarações foram baseadas na ciência.


A vacina da Pfizer é a mais administrada nos Estados Unidos, com mais de 367 milhões de doses aplicadas desde seu lançamento no final de 2020.


Fonte: Epoch Times Brasil

Foto: Canva

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