Tensão na fronteira: Brasil monitora crise entre Venezuela e Guiana por disputa territorial

O aumento das tensões na região da fronteira entre Venezuela e Guiana tem despertado preocupações no Exército Brasileiro. A medida do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de promulgar uma lei para anexar Essequibo, território disputado, é vista por alguns integrantes das Forças Armadas brasileiras como uma ação "eleitoreira", visando ganhos políticos às vésperas das eleições presidenciais. 



No entanto, militares que acompanham de perto a situação não descartam a possibilidade de uma escalada de tensão na região. O ponto crítico é a preocupação de que essa situação, inicialmente considerada uma medida retórica, possa sair de controle e acarretar consequências práticas, já que a área é rica em petróleo e recursos naturais.


O Exército Brasileiro segue monitorando de perto a situação e aguarda um posicionamento do Ministério das Relações Exteriores sobre a crise. Até o momento, o Itamaraty não se manifestou sobre a medida de Maduro.


Desde o início da crise entre Venezuela e Guiana, o Brasil tem reforçado o efetivo na região de fronteira, com um aumento de 10% das tropas no Comando Militar do Norte e no Comando Militar da Amazônia. 


O efetivo passará de 27 mil para 30 mil militares. Além disso, o envio de 28 blindados e mais de cem viaturas para Roraima já foi concluído, juntamente com o fornecimento de equipamentos e armamentos.


Enquanto o Governo avalia a decisão de Maduro de promulgar a lei reafirmando a soberania venezuelana sobre Essequibo, diplomatas brasileiros destacam a necessidade de cautela diante da incerteza sobre a efetivação dessa medida. 


Alegações sobre a presença de "bases militares secretas" dos Estados Unidos na área não foram confirmadas, segundo fontes do governo brasileiro. Imagens de satélite de fevereiro revelaram uma expansão da base do Exército venezuelano na fronteira com a Guiana.


Vale ressaltar que, para acessar a região por terra, é necessário atravessar território brasileiro. O Brasil já declarou que não permitirá a passagem de tropas venezuelanas, reafirmando o reconhecimento internacional de Essequibo como território da Guiana.


Essa postura do Brasil marca uma mudança na relação com o regime de Maduro, que anteriormente contava com apoio do país. 


Recentemente, o Itamaraty e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram contrários ao impedimento do registro de candidaturas de opositores de Maduro para a eleição presidencial, que acontecerá dia 28 de julho de 2024. A Venezuela, por sua vez, acusou o Brasil de agir em favor dos Estados Unidos.


A situação permanece sob intensa observação por parte das autoridades nacionais e internacionais.


Veja mais notícias sobre Brasil e Venezuela no vídeo abaixo.



Foto: Internet

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