Você já notou que alguns fisiculturistas exibem uma barriga notavelmente proeminente e desproporcional em relação ao resto de seus corpos esculpidos? Esse fenômeno é conhecido como "bubble gut" ou barriga de GH. Isso não é apenas um problema estético, mas sim uma preocupação séria para a saúde dos atletas.
O bubble gut é caracterizado por uma distensão abdominal acentuada, resultando no aumento dos músculos oblíquos do abdômen, que dificultam a contração dos músculos frontais, como o reto abdominal. Isso faz com que a barriga fique avantajada e arredondada, muitas vezes dando a impressão de gordura ou inchaço na região.
Essa condição também é conhecida como "palumboísmo" em referência ao fisiculturista Dave Palumbo, que foi um dos primeiros a exibir uma barriga anormalmente grande em proporção ao seu peitoral.
A distensão abdominal muitas vezes resulta do uso excessivo de substâncias como esteroides anabolizantes e hormônio do crescimento (uma mistura de insulina e GH), além de práticas inadequadas de treinamento e alimentação.
A dieta intensa dos fisiculturistas, rica em carboidratos e proteínas, pode sobrecarregar o sistema digestivo, levando a gases e constipação.
Muitos fisiculturistas, na busca por ganhos rápidos de massa muscular, recorrem a essas substâncias sem a devida supervisão médica, o que pode levar a efeitos colaterais indesejados.
A pressão competitiva nas competições de fisiculturismo muitas vezes incentiva os atletas a alcançarem níveis extremos de desenvolvimento muscular, levando ao uso excessivo de anabolizantes.
Os perigos do bubble gut
O abuso de esteroides e hormônio do crescimento pode levar a um desequilíbrio hormonal significativo, causando distúrbios metabólicos, como diabetes e hipertensão.
Além disso, o bubble gut pode pressionar os órgãos internos, afetando o sistema digestivo e causando desconforto crônico. O que leva a problemas gastrointestinais, incluindo refluxo ácido, constipação e até mesmo hérnias.
Como prevenir o bubble gut
- Evitar o uso de hormônios e insulina sem prescrição médica e acompanhamento especializado.
- Respeitar os limites do corpo, evitando exageros no treinamento, na ingestão de calorias e proteínas.
- Reduzir as doses de GH e insulina antes das competições para minimizar o acúmulo de líquidos e gordura abdominal.
- Incorporar o jejum intermitente durante a fase de definição muscular para reduzir a inflamação e melhorar a sensibilidade à insulina.
- Controlar o consumo de carboidratos ao longo da preparação para competições, evitando inchaço e retenção de água.
- Garantir uma ingestão adequada de nutrientes e tempo de digestão adequado antes de competir.
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