Chip cerebral: os planos de Elon Musk e da Neuralink para 2022


Desde 2016 o empresário e bilionário Elon Musk vem anunciando que deseja implantar microchips no cérebro humano. A ideia é ajudar as pessoas que possuem algum problema neurológico ou paraplegia. Mas será que dessa vez os planos de Musk vão dar certo e se tornar realidade em 2022, afinal de contas essa promessa está atrasada há 2 anos. 


Ele anunciou em seu twitter no ano passado que “talvez” a Neuralink começaria a captar voluntários para os testes, mas nada aconteceu. Agora Elon disse mais uma vez em uma entrevista ao vivo para o Wall Street Journal que espera que tudo isso comece este ano. 


Para quem ainda não sabe do que eu estou falando, eu vou fazer aqui uma breve introdução sobre os planos e projetos futurísticos da empresa de um dos homens mais ricos do mundo e sua empresa Neuralink que promete revolucionar o campo da tecnologia de interface neural.


A Neuralink

A empresa Neuralink, fundada pelo bilionário Elon Musk em 2016, construiu um microchip que deve gravar as atividades cerebrais e estimulá-las eletronicamente. Dessa forma, Musk acredita que será possível controlar membros robóticos e máquinas com aquilo que podemos chamar de poder da mente. 


Sem fazer muitas promessas, o dono da Neuralink disse que um dia esse sistema poderá devolver a mobilidade para pessoas que sofrem algum tipo de paralisia e até quem desenvolveu depressão.


Mas o que difere esse chip da Neuralink com outras tecnologias já  inventadas anteriormente, como os da empresa BrainGate, utilizados desde 2012 para tratamento do mal de Parkinson e também projetados para ajudar pessoas que perderam o controle das funções corporais, pacientes com esclerose lateral amiotrófica ou lesão na medula espinhal.



Bem, o que muda inicialmente são as quantidades de eletrodos embutidos no sistema. O chip da BrainGate tem apenas 10 eletrodos e o da Neuralink possui 1024. E ao que parece, as pesquisas nessa área na empresa de Elon Musk estão um pouco mais avançadas. Eles já utilizaram o implante do chip sem fio em porcos e macacos, com riscos mínimos de infecções. A tecnologia sem fio ainda está em andamento na BrainGate, porém em humanos. 


Elon Musk afirma que os macacos estão bem e ativos. Ele divulgou no ano passado a evolução do macaco Pager de 10 anos. Inclusive a empresa mostrou o macaco jogando ping pong em um computador. 


O animal tem um chip em cada lado do cérebro, que coordena os movimentos das mãos e dos braços. Os dados dos neurônios coletados pelo chip são vistos em tempo real no computador que consegue organizar as informações captadas e prever antecipadamente qual será o próximo movimento do Pager, assim ele pode controlar - depois de segundos, através da atividade neural codificada -  o jogo apenas com o cérebro, mas os especialistas disseram que ele usa essa manivela apenas porque está acostumado, mas que na realidade ele não precisa. 


Para provar que a experiência deu certo, os cientistas removeram a manivela e o Pager continuou jogando, mas agora ele apenas controla as ações sem usar as mãos.



Além de tentar encontrar uma forma segura de implantar o chip no cérebro humano sem causar dor ou danos futuros, o objetivo desse experimento é permitir que uma pessoa com paralisia use o computador ou celular apenas com a atividade cerebral.


Ou seja, a pessoa vai se imaginar fazendo o movimento das mãos, com isso o chip vai identificar essa ação e depois o processo ocorreria de forma natural por meio do chip. 


Outra coisa que é importante destacar é que o implante do chip no macaco Page é quase imperceptível, dá para ver apenas a área raspada da cabeça onde ocorreu a cirurgia, diferente das outras experiências feitas pela BrainGate em humanos, o chip fica conectado a um hardware que encontra-se do lado de fora da cabeça. 



Como vai funcionar a implantação do chip? Será feita por um neurocirurgião?


Na verdade não! A empresa de Elon Musk também pensou nisso. As cirurgias no cérebro são sempre muito delicadas, as camadas cerebrais se movem o tempo todo conforme respiramos ou nosso coração bate, por isso a Neuralink criou um robô para fazer o implante.


Por ter eletrodos minúsculos com largura 20 vezes mais fina que um fio de cabelo, o robô vai usar uma agulha especial para introduzir os fios flexíveis que saem do chip para dentro do cérebro. “Uma das funcionalidades do robô é a sua capacidade de adaptar a agulha aos movimentos do cérebro. Essa inovação pode ter amplos usos dentro da medicina”, dizem os especialistas. 


Mesmo assim, alguns deles ainda não estão completamente seguros sobre essa novidade no campo neurológico. E as perguntas que fazem são: será possível remover os chips no futuro sem danos cerebrais? A Neuralink oferecerá atualizações para os participantes da experiência, posteriormente?


Esse mercado de pesquisas neurológicas é bem pequeno e claro que outras empresas estão preocupadas com o monopólio da Neuralink nesse campo de pesquisa. Porém os testes da Neuralink em humanos só vão poder começar quando eles tiverem a aprovação do FDA - Food and Drug Administration, é o que seria a Anvisa norte-americana.


Fotos: Ilustração 

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