Agora,
em 2017, o golpe de 1964 – que culminou na morte de milhares de
pessoas – irá completar 53 anos de história, de terror e de
crimes ainda não solucionados. São mais de 10 mil casos: 436 mortos
e desaparecidos políticos; 1.196 camponeses mortos e desaparecidos,
segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
e 8.350 indígenas mortos e
desaparecidos de acordo com a Comissão Nacional da
Verdade.
O
relatório da Comissão Nacional da Verdade foi engavetado e não
trouxe muitos avanços nas investigações. Outro detalhe é que
grande parte dos trabalhos de identificação e análise das 1.049
ossadas encontradas em uma vala clandestina no cemitério Dom Bosco,
em Perus, por exemplo, foram interrompidos diversas vezes; e hoje, o
reconhecimento desses restos mortais está a cargo de apenas três
técnicos do Grupo de Trabalho Perus (GTP), desenvolvido pelo Centro
de Antropologia e Arqueologia Forense (Caaf) da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp).
Há
muito o que se fazer para garantir o direito dos familiares de saber
o que aconteceu, de fato, com seus entes queridos para consolidação
da democracia e punição dos culpados.
Quem
quiser conhecer um dos espaços marcados pela ditadura, o antigo
Deops, e saber mais sobre os desaparecidos, pode ir ao Memorial da
Resistência, localizado no Largo General Osório, 66 – Santa
Ifigência, São Paulo/SP.
Assista
o vídeo abaixo e veja a exposição permanente do museu.
Foto: Ilustração
0 Comentários