CRÍTICA DO FILME: FENCES - UM LIMITE ENTRE NÓS

Aqui não há limites para as grandes interpretações. Viola Davis foi digna do Oscar de melhor atriz coadjuvante. E o que falar de Denzel Washington no papel de Troy Maxson: um homem que tenta sobreviver e educar seus filhos em plena década de 50, nos Estados Unidos, onde os negros não tinham oportunidades.

Um filme cheio de diálogos memoráveis, aberto à reflexões, e comportamentos que se encaixam perfeitamente nos relacionamentos da vida real – erros reproduzidos pelos pais na educação dos filhos.

Outra performance enaltecedora é a do ator Mykelti Williamson, que faz Gabriel – um ex-combatente do exército que sofre um acidente durante a gerra e passa a ser cuidado pelo irmão Troy. A cereja do bolo, pois a narrativa gira em torno dele, mas de forma sútil, bem colocada.

O longa tem cerca de 2 horas e 20 minutos de duração. Uma história contada em, não mais, que três cenários, boa parte na casa da família, onde os personagens vivem os dramas: dentre eles, a frustração de Troy por não conseguir se tornar um grande jogador de futebol americano. Um desconforto que não permitirá que seu filho siga por esse caminho. Um pai amargo e desestimulador.

O ponto mais egrégio do filme é quando Troy conta a sua esposa, Rose Lee (Viola Davis), que engravidou outra mulher. A cena é interpretada com tanta verdade, fica quase impossível não se emocionar. Rose é uma mulher forte, guerreira e que apensar de tudo, ainda consegue criar a criança como se fosse sua.

É um filme longo, parado, mas vale desfrutar cada palavra e mensagens transmitidas pelo roteiro produzido por August Wilson.

Foto: Ilustração

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